quinta-feira, 29 de março de 2012

Consulta mensal - Março.

Hoje passamos no Pediatra.
Pedro está com 6.780kg e 61,1cm.
Enorme e forte... Só com o leite materno. Até o Dr. Gurgel ficou maravilhado.
Pela tabela, a média de peso de um bebê (menino) com 3 meses é de 5.750kg.
Com 4 meses é 6.350kg e com 5 meses é 6.950kg.
Pedro ultrapassou a média de 3 e 4 meses, e tá quase alcançando a média de um bebê de 5 meses... Isso é ótimo, porque além de "gordinho" ele é extremamente saudável, e até agora o único problema "mais grave" que teve foi sapinho... que Graças a Deus já foi curado.

Conversamos sobre a introdução de outros alimentos e decidimos que o melhor é a amamentação exclusiva até os 6 meses, pois ele tá crescendo forte, engordando e se desenvolvendo e isso é sinal de que só o leite é suficiente para sustentá-lo.
Amanhã é dia de vacinas e de começar a tomar ferro. Espero que dessa vez não a febre não apareça!

Pra comemorar o ganho de peso, a estatura e a saúde lindamente perfeita, um sorriso à altura, babado e banguela.


terça-feira, 27 de março de 2012

90 dias com Pedro.

Há 3 meses eu nascia...
E até aqui, eu só cresci...


Amanhã o Pedro completa 3 meses.
Nesses 3 meses eu descobri mundos inimagináveis de sentimentos! Descobri que sou mais forte do que imaginava, que sou mais mãe do que todo mundo pensava que eu seria...
Que sou exatamente do jeito que meu filho esperava que eu fosse...
E ele é melhor do que eu queria que fosse!
Saudável, lindo... Perfeito!
Completamente amável... E esses foram somente os 3 primeiros meses de um amor infinitamente eterno.
Amor que tem crescido conforme ele tem crescido. Amor que renasce toda manhã quando eu abro os olhos e o vejo sorrir ao meu lado... Pelo "mísero" motivo de me ver com ele!
Amor que enfrenta barreiras sem medo... Que vai além do céu, do mar, das galáxias, do Universo.
Amor indescritível que não se mede... Incomparável. Transbordante que chega a doer. Amor... Puro, cru, nu. Somente amor. Que vai além dos preconceitos, das escolhas e do resto dos amores. 
Hoje eu estou feliz... Feliz porque 3 meses é 1/4 de um ano. E ele tem se saído muito bem...
3 meses de muito mamá, muitos sorrisos, muito sono, muita TV, muitos olhares me seguindo. Três meses que passaram muito rápido!
3 meses de carinhos matinais, de banhos sorridentes, de um comportamento singular durante as viagens pra casa da vovó.
3 meses de colinho, de cabelão bagunçado, de baba escorrendo... 3 meses de apertões no meu braço durante a amamentação...
3 meses ansiosos pela chegada do papai, 3 meses de passeios, de família, de felicidade.
3 meses do meu coração batendo num corpinho de 60cm. 
3 meses de dedicação total, 24/7.
3 meses de Pedro Miguel e de mamãe Priscilla. 3 meses nossos, meu filho. ♥


Além do parabéns pela maestria no seu desenvolvimento, quero agradecer à Deus, pela oportunidade de ser sua mãe.
O amor que sinto por você é mais forte do qualquer outro sentimento existente nessa terra... E eu tenho a plena convicção de que se eu não tivesse me tornado mãe, não teria descoberto o real sentido de viver... E obviamente existiria aqui dentro, um abismo imensurável...
Hoje, é tudo por você e pra você! Meu coração é completamente seu (e do papai também, tá?).


Te dedico, meu leãozinho:




terça-feira, 20 de março de 2012

Amamentar é necessário, SIM!

Eu quase que jurei pra mim mesma que não iria entrar nesse assunto, que pra mim não passa de uma imbecilidade sem tamanho, mas no fim das contas, não pude deixar de me manifestar diante de tanta hipocrisia e ignorância de uma sociedade que se julga civilizada.

O Pedro mama demais, desde que nasceu. Há 2 meses e 3 semanas, eu me lembro exatamente que ele mamou a noite toda, logo que nasceu.
No começo doeu, machucou, sangrou e eu chorei. Chorei porque queria alimentar meu filho e porque não queria sucumbir à fórmula (leite artificial).
Essa fase turbulenta demorou 2 meses pra passar, mas passou... Mesmo com os seios machucados, doloridos e rachados, eu amamentava sorrindo, porque me sentia orgulhosa, útil e plenamente mãe.

Ficava preocupada com o fato de ter que amamentá-lo em público, por causa da MINHA vergonha, e também por causa dos olhares de reprovação que até hoje percebo.

Fuçando pela internet, me deparei com uma reportagem de uma famosa revista (que sequer convém citar o nome), com a seguinte manchete: "Amamentar em público e onde se quiser. Tem que poder. Mas precisa?"
Nesse texto que não há palavras pra classificar, a autora insinua que não há necessidade em expôr o seio e amamentar o filho.
Certamente, ela não faz ideia de que um bebê sente muita fome e muita sede. Principalmente quando se é recém nascido. O Pedro mesmo com 2 meses e 3 semanas, mama mais de 20 vezes ao dia... E às vezes, por horas seguidas!

O que mais me incomoda nessa coisa de constranger amamentando é que as pessoas que se sentem constrangidas por verem um bebê se alimentando de leite materno, são as mesmas pessoas que acham lindos os silicones expostos na TV no carnaval (ou em revista, ou em qualquer outra época do ano).

Sei que existe muita gente louca que consegue olhar com olhos sexuais pra um seio cheio de leite, mas o que eu posso fazer? Existe gente louca que consegue olhar com os mesmos olhos pra uma menina de 3, 4 anos...
E eu acho que o problema não está no meu seio cheio de leite, nem nas crianças de 3, 4 anos... E sim no sujeito! Ele tem probleminhas, né?

Amamentar não é só alimentar. O bebê sente segurança, aconchego...
E eu acho que eu posso, né? Seja na minha casa, na casa de fulano, na rua, no restaurante, no shopping, na praça, no ônibus...

Chega dessa coisa de que o bebê precisa ser independente, porque senão ele nunca vai me "largar".
Eu não quero que o Pedro me largue mesmo... E vou amamentar até quando for possível pra mim e pra ele!

Eu realmente me sinto especial por ter leite jorrando das mamas... E convenhamos que leite materno, nenhuma fórmula em mamadeira substitui.
Leite materno é prático, é fácil, já tá pronto, não precisa esquentar, não entorta os dentes, não precisa esterilizar, não estraga e é grátis! Tem coisa melhor?

Além disso, amamentar é enfrentar vários obstáculos...
Muitos deles impostos por essa sociedade que de civilizada, nada tem! Pois até as índias dos confins do mundo amamentam com o maior orgulho!
Que se dane o "peito caído", as dores passam, as rachaduras cicatrizam, todas as mulheres aguentam, porque até hoje não vi nenhuma morrer porque estava amamentando.
E não existe leite fraco. Fraca mesmo, é a vontade de pesquisar, de se levantar, de questionar, de desacreditar de tudo o que falam!

Meu filho precisa se alimentar e eu preciso amamentar. SIMPLES!

Pra encerrar esse protesto, deixo aqui, uma foto do Pedro no momento mais singular e um comentário (postado no site da revista em questão) de Ligia Sena:



"Olá (nome da autora da matéria publicada na revista em questão). Foi com espanto que li a sua pergunta-debate sobre quando é "ok" amamentar e quando é "demais". Se nós estivéssemos falando sobre usar saias que permitem ver a calcinha, sobre blusas que permitem ver o bico dos seios, sobre revistas Playboys e afins penduradas em bancas, sobre mulheres pagando peitinho na tv, sobre mulheres nuas no carnaval, sobre essas coisas que são supérfluas e totalmente desnecessárias (ainda que ocorram com cada vez mais frequência e com o aval das pessoas), sua pergunta faria sentido. Mas não estamos falando de hábitos ou comportamentos supérfluos, estamos falando de algo que é insubstituível e que nenhum leite artificial ou mamadeira é capaz de repor: amamentação. Que vai muito, mas muito mais além de, como é mesmo que você se refere a ela, "um peito pulando pra fora da roupa". Amamentar um filho é alimentá-lo não só de leite materno, é oferecer a ele entrega, disponibilidade, afeto, contato e segurança. Os peitos de quem amamenta não pulam pra fora da roupa, eles não têm vida própria. Eles são expostos pela mãe para que o filho se alimente. Fome, sede, acontece em todo lugar. É compreensível, portanto, que em todo lugar uma mulher possa amamentar sem ter que se preocupar com a mentalidade curta e doentia das pessoas, que podem olhar para ela como aberrante ou como objeto sexual. Muitas organizações de saúde no mundo estão trabalhando arduamente para que toas as mulheres, homens e famílias se conscientizem de que, sim, é necessário, importante e fundamental amamentar. Amamentar, Letícia, nunca será demais, pelo contrário. O que anda acontecendo é de menos: mulheres que andam se sentindo desconfortáveis porque pessoas se acham no direito de lançar esse tipo de discussão sem embasamento, sobre quando é "ok" e quando é "demais". A Organização Mundial de Saúde, a UNICEF, o Ministério da Saúde, as Secretarias Estaduais da Saúde já responderam e respondem todos os dias a sua pergunta: NUNCA é demais amamentar. Quem se sente incomodado pela prática deveria se questionar sobre os motivos do seu incômodo, talvez com a ajuda de um analista. Isso simboliza uma série de más resoluções psíquicas." 



sexta-feira, 9 de março de 2012

Bonita Sempre, Dia Internacional das Mulheres e a Violência Obstétrica.

Vamos por partes!

I :

Tá no ar mais uma edição da Revista Online Bonita Sempre, onde eu assino uma coluna falando sobre gestação, bebês e maternidade plena.
Fora o assunto que muito nos agrada, tem também vários outros pontos que envolvem o universo feminino, vale a pena conferir! Só clicar aqui. Aproveita e dá um Like aqui, e fique sabendo das novidades.



II:

Ontem, Dia Internacional das Mulheres. Só gostaria de dizer pra todas as mulheres do meu Brasil, que tenham mais respeito por si próprias, que não desistam facilmente das coisas, que tenham muita coragem pra ainda enfrentar a violência, o preconceito e o machismo de peito aberto e cheinho de orgulho. Que cada uma acredite piamente em seu potencial, que não desonre o nome daquelas que lutaram por direitos iguais, por mais respeito, mais amor...
Que façam tudo de cara limpa, pois ninguém deve ditar aquilo que só diz respeito à nós mesmas. E que se libertem de todos os males!


III:

Não sejam coniventes com a violência obstétrica que ainda impera no Brasil. Que exijam seus direitos na hora de parir. Mesmo que em casos de cesarianas.
Meu filho nasceu por meio de uma cesariana, mas eu fui muito bem tratada e respeitada dentro e fora do centro cirúrgico. Em momento algum me destrataram, em momento algum me insultaram.
Toda a equipe médica me tratou com respeito, pois foi assim que eu impus.
Não deixe que passem por cima do momento mais lindo da sua vida.


É isso. :)

terça-feira, 6 de março de 2012

Matutando ainda...

Pedro não foi planejado e isso não é segredo. Eu não esperava, o papai não esperava, os avós não esperavam, ninguém esperava.
Não casamos, eu não tenho formação superior, nem emprego suficientemente bom.
Vieram os medos, um pouco de vergonha, o amadurecimento um tanto quanto precoce e a aceitação.
Primeiro trimestre conturbado que felizmente sobrevivemos ilesos entre mortos e feridos.
Perguntas que ficaram sem respostas e eis que depois que toda a onda de "eu sou uma irresponsável" passou, algumas coisas nebulosas ainda habitavam a minha mente.

Quando eu decidi criar esse espaço, li muitos outros blogs. Blogs de tentantes, de grávidas, de mães e mães de anjos*.
Me deparei com histórias lindas de amor, de superação, de supermães. Mas também me deparei com histórias tristes de mulheres que tentam engravidar e por algum motivo desconhecido não conseguem, de mães que perderam seus filhos. Algumas histórias em que os filhos não passavam de embriões ainda sem forma, e outras de bebês já prontinhos, alguns na barriga e outros já nascidos.
Diante dessa vida real que habita o espaço virtual que é um tanto quanto irreal, eu fiquei desnorteada.

Senti medo. Senti culpa. Senti vergonha. Senti.
Chorei lendo relatos de partos, chorei lendo histórias de mães que tiveram de enterrar seus filhos, chorei lendo sobre abortos espontâneos e chorei lendo que o resultado tinha dado mais uma vez, negativo.

E de todos esses sentimentos misturados, eu tirei conclusões que mudaram o meu jeito de pensar, que me ajudaram na fase da aceitação, me ajudaram a amadurecer, me ajudaram a ser a mãe que eu sou hoje, me ajudaram a perceber que filhos são sementes escolhidas e plantadas por Deus, e que só Ele tem o poder de nos presentear ou não.

Hoje em dia a medicina, a ciência e a tecnologia nos proporciona diversos métodos contraceptivos.
Pílulas anticoncepcionais de uso contínuo, preservativos, espermicidas e em caso de "vacilo" a pílula do dia seguinte.
A eficácia dos produtos citados, são comprovados. Mas um dia a pílula anticoncepcional falha, o preservativo estoura, o espermicida chega à marca de 21% de falha e a pílula do dia seguinte não funciona porque o óvulo já foi fecundado. E aí o (por muitas vezes temido) positivo aparece.
E você percebe que não há no mundo, uma forma 100% eficaz de evitar bebês. Ou então você percebe que aquela era a hora. Que tinha chegado a sua vez e que você teria de encarar mesmo não querendo. Percebe isso, porque você já tinha vacilado outras vezes e nunca tinha "dado nada".

 Percebe também, olhando ao seu redor, que muita gente tenta de todas as maneiras ter um filho, e não consegue. Se submetem a enecentos tipos de exames muitas vezes invasivos, se submetem à tratamentos desembolsando um valor que daria pra criar 5 crianças, se submetem à ouvir muitas coisas desagradáveis de médicos, enfermeiros, ultrassonografistas e etc. E dificilmente obtém o resultado esperado.

E você percebe que assim é a vida. Que Deus escolhe, Ele controla. Que nós somos apenas instrumentos. E que Deus tem o tempo d'Ele. Que ele escolhe o vaso e faz com que a semente vingue!
Que temos de aceitar, que devemos aceitar. E que nada é tão difícil que não podemos suportar. Que ainda há fé, esperança e amor.
E que um filho é algo sublime e surreal. Que não há palavras que possam descrever o que é se tornar mãe.
Que realmente é difícil viver a maternidade plena. Que por muitas vezes ficamos sem energia, mas que a energia prontamente se recompõe a cada sorriso ganho!
Não vou dizer que é fácil, porque realmente não é. E ninguém me disse que seria. Mas não ache que é difícil ao ponto de não suportar. Olhe ao seu redor e perceba que existem situações muito mais difíceis e mais doloridas do que a sua... Não que isso sirva de consolo, mas que sirva de lição, pois força, coragem e fé nunca são demais. E definitivamente não há alegria maior do que ser mãe...




*Mãe de anjo é o termo designado para nomear as mães que perderam seus filhos quando eles já não eram apenas embriões.







quinta-feira, 1 de março de 2012

Vacina de 2 meses.

Hoje levei o Pedro pra tomar as vacinas de 2 meses (Tetravalente, Poliomelite oral, Rotavírus Humano oral, Pneumocócica).
A reação dele foi a pior possível: Gritou, esperneou, perdeu o ar e nada fazia com que ele parasse de chorar! Tentei dar o peito, não adiantou. Fiz carinho, não adiantou. Conversei com ele, não adiantou!
Aí depois de um leve desespero da minha parte, ele ficou quietinho mamando. Pra amenizar o "nosso" sofrimento, fomos comprar umas roupinhas pra ele, porque as dele JÁ ERAM!
Depois disso, acho que ele sacou o mimo e ficou sossegadinho. Aí chegou em casa, mamou e cochilou, acordou gemendo e eu percebi que ele tava com febre. Dei Paracetamol e um banho morninho, aí ele ficou quietinho por um tempo e dormiu!
Incrível como a gente sente tudo o que eles sentem! Mas é necessário ser "forte" porque daqui até os 12 meses tem mais algumas picadinhas doloridas.

Vou lá cuidar do Pepe que tá chorãozinho. ;(
Enquanto isso, fiquem com uma foto do casamento no fim de semana passado: